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segunda-feira, novembro 17, 2003

Uma história Parva

Era uma vez ...

Num pais muito distante (da china) vivia um senhor Lucindo, homem honesto, simpático que com os seus 110Kg, obtidos com extremo fervor junto do balcão do Café "O Artolas" que ficava mesmo no rés do chão do seu T3 (comprado por metade do valor de mercado, segundo o vendedor, em 94).

O sr Lucindo tinha um problema, não se conseguia livrar daquela dor de cabeça que lhe infernizava a vida há já 3 dias, para já nao falar daqueles irritantes espirros que pareciam nunca desaparecer. Queria desesperadamente arranjar uma solução, mas não podia ser uma solução qualquer já que ele era um eterno apoiante da causa CEPOS "Chás E Pózinhos Originam Saude". Não havia hora que ele não se queixasse aos seus amigos lá do escritório (como ele chamava ao "Artolas") até que um dia apareceu a solução: o seu companheiro de infância, o Manel Crico, contou-lhe que tinha ido ao "Grande Gainza" (curandeiro/bruxo/astrólogo/treinador de futebol e sapateiro como hobbie) e apenas lhe teve que dizer que tomava duas aspirinas por dia que ele logo lhe receitou uma coisinha natural que resolvia a coisa.

Não esperou nem mais um segundo. Primeiro foi ao consultório do Dr Ramalho que lhe receitou um "Zirtec" e uma "Aspirina" como solução milagrosa para o seu problema de "Rinite Alérgica" ... É claro que o nosso heroi ignorou completamente a receita, apenas queria saber os nomes dos medicamentos para dizer ao Gainza. "Estes doutores pensam que sabem tudo, como a minha maezinha já dizia: Médicos são como os bolos de arroz, são bons mas nao são essenciais". A sua maezinha durou 83 anos e nunca foi a um médico.

Pegou na sua Vespa (das antigas) e zarpou para o consultório do "Grande Gainza". Três casas depois, estaciona e coloca-se na fila de espera do GG. Enquanto espera lê a TVMais 5 vezes (até porque para o Lucindo, as leituras resumiam-se às legendas das fotos, e o maior romance que leu saiu duma crónica da magazine cultural diária "A BOLA").

Finalmente chegou a hora. Entrou, sentou-se, fez um ar preocupado e doente (mais ou menos o que fez no consultório do Dr Ramalho) e disse: Granda Gainza ... tenho mesmo que tomar estes Zirtecs e estas aspirinas? Não me arranja nada mais natural?
Ao que o GG respondeu: "Hum ... claro que se arranja ... dê cá essas porcarias quimicas". O Grande Mago desceu à sua cave, esmagou os comprimidos, colocou algumas ervas aromáticas, e voltou à presença do nosso heroi e disse: "Tome isto 2 vezes por dia com água. Ao deitar adormeça com o braço direito paralelo ao esquerdo e olhe para leste. Faça duas infusões de Ipericão e coma mel à colherada 3 vezes por dia. Às 5 da manhã levante-se e vire-se para Sul e diga as palavras RASFRUTIN LIBELIUS PARCUS EST. PErcebeu tudo?"
O nosso lucindo que estava a apontar tudo no seu bloco AMBAR (Sigla de Ambrósio Barbosa para quem nao sabe e está a pensar nisso) e respondeu que sim. No dia seguinte estava fino como um carapau a 6 milhas da costa.

The End

by "El Presidente" in "memórias de uma organização"

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